Crédito rural: Ministro da Agricultura fala em juros mais ‘ardidos’ para o agro

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide hoje qual será a taxa básica de juros da economia brasileira. A expectativa é de um incremento de 1 ponto percentual, elevando a Selic para 12,75%, taxa mais alta desde 2017. O mercado financeiro projeta novas elevações ainda em 2022. O Relatório Focus, por exemplo, indica uma Selic em 13,25% no fim deste ano, curva que deve voltar a regredir apenas em 2023, com os juros ficando abaixo de dois dígitos. Para o fim do próximo ano, os economistas consultados pelo BC projetam 9,25%. É neste cenário que o agronegócio tenta antecipar qual será a taxa do Plano Safra 22/23 (projeto do governo que libera recursos com juros controlados para a agropecuária realizar investimentos e custear as lavouras).

Em entrevista ao Broadcast Agro, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, disse que prefere taxas de juros “mais ardidas” do que o risco de atender menos agricultores. Isso porque o governo precisa de mais recursos para equalizar os juros controlados na medida em que a Selic aumenta. Há no setor agro uma grande demanda por crédito com taxas mais competitivas que as de mercado. Todos estão de olho no Plano Safra 22/23 e, ao mesmo tempo, ainda esperam o descongelamento do Plano Safra 21/22 após a aprovação do projeto de lei do Congresso que liberou recurso adicional. Seguimos acompanhando.

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