Cupuaçu: saiba como uma crise influenciou o plantio comercial nos anos 80

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Podcast ‘De onde vem o que eu como’ explica a contribuição de imigrantes japoneses no cultivo da fruta, que é nativa da Amazônia.

O cupuaçu é nativo do Brasil, da região da Amazônia. Há séculos os povos indígenas já consumiam – inclusive ajudaram a espalhar os cupuaçuzeiros pela margem do rio Amazonas. Para os ribeirinhos, a fruta também não era novidade.

Mas foram imigrantes japoneses que viviam no Pará os responsáveis pelo plantio do cupuaçu em grande escala, na década de 1980.

Ajuda de imigrantes japoneses
O imigrante japonês Katsutoshi Watanabe (1945-2016) foi um dos pioneiros no plantio do cupuaçu em Tomé-Açu (PA).

“Ele tinha lido um livro lá no Japão que falava de uma fruta muito cheirosa e, logo que chegou ao Brasil, começou a buscar sementes nos quintais dos moradores. Com isso, o plantio foi evoluindo”, conta o filho dele, Edimundo Watanabe.
Na época, a colônia japonesa do município enfrentava uma crise na principal fonte de renda: a pimenta-do-reino. As plantações foram devastadas nos anos 70 pela fusariose, uma doença provocada por um fungo.

Como alternativa, os agricultores passaram a diversificar a produção: além do cupuaçu, cultivavam cacau, açaí e maracujá, entre outras frutas, em sistema agroflorestal.

Esse tipo de sistema combina diferentes plantas em uma mesma área: árvores frutíferas, arbustos e outras de ciclo mais curto, como a batata-doce e o feijão.

Hoje, a Cooperativa Mista de Tomé-Açu produz e congela cinco mil toneladas de polpa de frutas por ano. A de cupuaçu é uma das mais consumidas.

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